Becket, o Favorito do Rei é um filme de 1964 baseado na peça de Jean Anouilh. Produzido por Hal B. Wallis, ele foi dirigido por Peter Glenville e estrelou Richard Burton como Thomas Becket e Peter O'Toole como o rei Henrique II da Inglaterra. A história do filme gira em torno de dois homens que se conhecem quando ainda são jovens e se tornam grandes amigos. Becket é elevado a posição de arcebispo de Canterbury e logo entra em conflito com o rei, que espera controlar a igreja assim como a nobreza.

O filme Becket, o Favorito do Rei é uma obra de ficção histórica cujos eventos ocorreram em 1170 na Inglaterra. Os personagens são baseados em figuras históricas reais, mas o roteiro é uma adaptação livre dos fatos históricos. Thomas Becket foi um arcebispo de Canterbury que se tornou oponente do rei Henrique II. Ele foi assassinado por quatro cavaleiros que acharam que estavam fazendo a vontade do rei.

A amizade de Becket e Henrique é a espinha dorsal do filme. Os dois homens compartilham um amor pelo vinho, mulheres e canto, além de um interesse em desafiar a autoridade. Porém, quando Becket é nomeado para a posição de arcebispo, sua lealdade muda. Ele se mantém firme em sua crença na separação entre a igreja e o Estado, o que o coloca em desacordo com o rei. A partir daí o enredo se desenrola e a amizade se transforma num confronto entre a sede de poder do rei e a integridade moral de Becket.

A história do filme mostra como a amizade pode ser quebrada por diferenças ideológicas e políticas. Becket e Henrique sentiram que poderiam trabalhar juntos, mas suas missões e convicções variadas se tornaram insuperáveis. Um tema subjacente de Becket, o Favorito do Rei é a tensão entre a autoridade secular e religiosa, refletida na luta entre igreja e Estado.

Becket se tornou um mártir, mas a que preço? A fidelidade dele para com sua fé o motivou a colocar sua vida em risco e se rebelar contra a autoridade inevitável do rei. A mensagem do filme é a de que a liberdade individual, a justiça e a humanidade devem prevalecer em relação à autoridade. A lição que fica é a de que mesmo a amizade mais forte pode ser dilacerada pela busca do poder.

Em resumo, Becket, o Favorito do Rei é uma história sobre amizade e sua consequente compreensão sobre as diferentes qualidades do Estado e da igreja. O filme altera a história ao apresentar apenas um lado dessa tragédia em que ambos os homens perderam uma amizade em nome de domínio e diferenças ideológicas. No entanto, a mensagem do filme é importante e representa um desafio para o espectador em relação à autoridade e à valorização da integridade moral. É um filme imperdível para quem gosta de história e de filmes que apresentam dilemas morais intensos.